Bijou (São Paulo - SP)

Sala Bijou
Inauguração pública : 12/10/1962
Filme inaugural :
"A Lenda do Amor" (Bulgária, 1957), de Vaclav Krska.
Fundador e proprietário : Jaime Schvarzman Rotbart (argentino)
A partir de 1969, Francisco Augusto Coelho.
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 172 - Consolação
Capacidade : 77 lugares

Histórico da sala :
Esta sala teve as atividades encerradas em 1996 e permaneceu fechada por três anos. O cinema seria derrubado para a construção de um estacionamento, mas o espaço acabou sendo arrendado pela Escola de Teatro Recriarte, fundada por Gabriel Catellani.

Em 05/10/1999, o Cine Teatro Bijou Recriarte foi inaugurado com o filme "O Sétimo Selo" (Suécia, 1956), de Ingmar Bergman. Depois, em set./2000, o cine teatro ganhou um patrocinador, mudando o nome para Cine Teatro Zip.net Bijou Recriarte. As atividades cinematográficas foram encerradas em 2001, com o fim do contrato de patrocínio.

Em seguida, o espaço foi rebatizado como Teatro do Ator e funcionou até 2019.

O espaço estava na iminência de se transformar em um bar ou uma igreja. Foi nesse momento que Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, fundadores do grupo Os Satyros, abraçaram o espaço com o sonho de devolver à cidade um dos poucos cinemas de rua da capital paulista. Com os altos custos para a revitalização do cinema, o grupo contou, além da aplicação de recursos próprios, com a ajuda de personalidades como Patricia Pillar, Maria Bonomi, Walcyr Carrasco, Maria Helena Peres, Carlos Giannazi, Celso Giannazi, e personalidades anônimas, que colaboraram de forma direta ou através de campanha de financiamento coletivo, para levantamento e modernização da sala.

Após dois anos sem poder abrir o espaço, em decorrência do período pandêmico, finalmente, em 25/01/2022, o histórico cine Bijou é reinaugurado como Satyros Bijou.

Sala Sérgio Cardoso
Segunda sala do cine Bijou.
Inauguração pública : 23/11/1972
Filme inaugural :
"Julieta dos Espíritos" (França/Itália, 1965), de Federico Fellini.
Fundador e proprietário : Francisco Augusto Coelho
Endereço : Praça Franklin Roosevelt, 184 - Consolação
Som e projeção : Projetores Pathé 35 mm. e áudio com dois canais.
Capacidade : 50 lugares
Última sessão da Sala Sérgio Cardoso : 23/06/1985

Histórico da sala :
Em 12/07/1985, a sala passou a sediar o Cineclube Oscarito, inaugurado com o filme "Assim Era a Atlântida", de Carlos Manga. O cineclube era mantido pelo Centro de Estudos Paulo Emilio Salles Gomes e tinha como presidente-executivo, Felipe Macedo. A sala teve os projetores "Pathé" reformados e o sistema de som trocado por um de 8 canais. Mas tarde, foi instalado um sistema de ar-condicionado.

A partir de 15/01/1992, o Oscarito passou a fazer parte do Circuito Cineclube, que tinha, também, o Elétrico Cineclube, com duas salas. Em 1996, o local foi transformado em Teatro de Câmara de São Paulo e, a partir de 1997, Teatro Studio 184.

Depois, a partir de 24/07/2010, por um curto período, o teatro passou a realizar exibições cinematográficas gratuitas, quinzenalmente, sempre aos sábados, através do projeto
"Cine Bijou - Cinema e Memória".

Em 17/03/2013, o Teatro Studio 184 é renomeado: Teatro Studio Heleny Guariba.

Curiosidades :
Nos anos de 1960, o cine Bijou tornou-se uma das principais salas do circuito de filmes de arte, que se completava com os cines Belas Artes e Coral. Tornou-se, também, referência obrigatória para os universitários, como os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (então na Rua Maria Antônia) e Universidade Mackenzie. 

Na época da ditadura militar, o Bijou foi um dos únicos cinemas a manter em cartaz filmes relacionados a grevistas e sindicalistas em sua grade de programação. Também era utilizado como ponto de encontro por diversos artistas, que viviam em uma época onde a arte era brutalmente censurada. 

No final de 2013, o cinema foi homenageado no livro de memórias 'Cine Bijou', do jornalista Marcelo Coelho.




Cineclube Oscarito
Teatro Recriarte Bijou
Teatro Studio Heleny Guariba e Teatro do Ator

Arquivo do blog

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BIBLIOGRAFIA DO BLOG

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos com publicação autorizada e exclusivas para o blog dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.